sábado, 28 de fevereiro de 2009

Contraste em Boa Viagem

Um, ainda belo trecho de Boa Viagem com uma moradia
Uma moradia entre dois edifícios altos, que até não são dos mais altos ali existentes
Há 25 - 30 anos Boa Viagem não tinha prédios tão altos. Actualmente tem e continuam sendo construídos prédios de mais de 30 pisos. Esta política de urbanização tem "destruído" o natural encanto de uma praia que tinha Sol até ao ao final do dia.
Os restaurantes e bares desapareceram da orla marítima, tornando o local menos movimentado e atractivo.
Foi um erro urbanístico que não dignificou turisticamente a zona, apesar de ainda atrair muita gente principalmente em fins de semana e feriados. Contudo não deixa de ser notória a fuga de turistas da zona para outros locais, não só pela falta de atractivos localmente, como também porque a partir das 14-15 horas do dia a sombra dos edifícios projecta-se sobre a praia.
Outra falha naquela orla é a falta de instalações sanitárias públicas, o que é negativo para a conservação, limpeza e higienização do areal e da praia.
A especulação imobiliária falou mais alto e degradou o ambiente.
Recentemente, no local onde existia o Restaurante Tertúlia, antiga Churrascaria Rodeio, foi construído uma torre de mais de 30 pisos. O antigo Hotel BoaViagem foi demolido para dar lugar a mais outra torre.
O Hotel Savaroni também foi demolido para construção de uma torre. A moradia "Casa Navio" como tantas outras tiveram o mesmo destino.
O betão prevalece e é rei em Boa Viagem.
O Restaurante Flamingo desapareceu e em seu lugar mais outra torre.
Resiste ainda na orla, próximo da Praça de Boa Viagem, o Restaurante Rodízio Ponteio. Até quando?
Até quando resistirá a Padaria Boa Viagem?
Boa Viagem à noite, praticamente não tem movimento, exceptuando as datas de um qualquer evento no areal junto ao "ACAIACA".
Conhecendo Recife e Boa Viagem há quase 30 anos, continuo pessoalmente a gostar desta praia, mas não deixo de sentir quanto era melhor e mais atractiva com mais Sol e com infraestruturas de apoio ao turista na orla.
Segundo parece, as poucas moradias que ainda existem são propriedade estatal, caso contrário já tinham dado lugar a grandes torres para habitação.

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